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Santa Catarina vai extinguir benefício à importação
O benefício era concedido por meio do programa Pró-Emprego desde 2007.
A indústria estrangeira de iates avança em  busca do consumidor de luxo brasileiro. E as fabricantes nacionais  procuram maneiras de se proteger. Em setembro, o governo de Santa  Catarina vai extinguir um benefício que reduzia de 17% para 3% a  alíquota de ICMS na importação de embarcações de até 60 pés. A medida  terá impacto nacional, já que parte dos iates de luxo entrava no país  por Santa Catarina em função da vantagem fiscal.
 
O benefício era  concedido por meio do programa Pró-Emprego desde 2007. Além de vedar a  redução da alíquota nas importações, o Estado criou, em 2009, o  Pró-Náutica, que reduz de 25% para 7% o ICMS na fabricação de  embarcações de lazer. Segundo a Secretaria da Fazenda, outros Estados  como Rio de Janeiro e São Paulo adotaram medidas semelhantes.
Marcio  Schaefer, presidente da Schaefer Yachts, diz que o Estado devia ter  eliminado o benefício à a importação ainda mais cedo. "Enquanto nós  pagávamos 7% de ICMS, a embarcação importada pagava 3%", disse.
 
No  Rio Grande do Sul, o Estaleiro Cimitarra, de Vera Cruz, também pleiteia  redução de ICMS junto ao governo gaúcho. "Hoje pagamos 25%. Temos  recebido muitos convites de Santa Catarina e estamos estudando a  transferência da produção", diz Tomás Ko Freitag, proprietário da  Cimitarra, que já vendeu 1.076 embarcações, em 11 anos de funcionamento.
 
Apesar  da chegada da indústria internacional no Brasil, Schaefer prepara-se  para ampliar a sua produção. Em 2009, foram fabricadas cerca de 200  embarcações de diferentes portes em duas unidades na Grande  Florianópolis. A partir deste ano, a empresa vai começar a entregar  embarcações de 60 pés. O projeto para 2011, com a inauguração de uma  nova unidade de produção na Grande Florianópolis, é entregar também  embarcações de 80 pés. 
O próximo passo da Cimitarra é entregar um  iate de 68 pés. Os modelos de 50 pés são os mais procurados, garante  Freitag. Apesar de o modelo competir em tamanho com as embarcações  italianas, o empresário observa que os mercados são diferentes.  "Enquanto uma importada custa R$ 3 milhões, nós entregamos a embarcação  por R$ 1,3 milhão", diz. (JP)