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AL - Sefaz e representantes do comércio se reúnem para discutir divergências em informações na operações com cartão de crédito e débito
A audiência ocorreu a pedido das instituições que pretendiam apresentar um pedido de prorrogação do prazo para que as empresas expliquem as divergências identificadas pela Sefaz
O secretário de estado adjunto da Fazenda, Maurício Toledo, e a superintendente  da Receita Estadual, Adaida Barros, receberam em audiência na manhã desta  quarta-feira, 18 de fevereiro, na Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz),  instituições que representam os contribuintes do comércio no Estado de Alagoas.  A audiência ocorreu a pedido das instituições que pretendiam apresentar um  pedido de prorrogação do prazo para que as empresas expliquem as divergências  identificadas pela Sefaz nas informações prestadas pelos contribuintes sobre as  operações com cartão de crédito e débito e os dados repassados pelas  administradoras desses serviços.
       Entre os encaminhamentos do encontro,  ficou definido que as instituições irão protocolar até amanhã (19/02) um pedido  oficial de prorrogação do prazo para esclarecimento das divergências, que  termina na próxima sexta-feira (20). Entre as alegações apresentadas para o  pedido, está a dificuldade de pequenos e microempresários em reunir a  documentação necessária para esclarecer as divergências. 
       De acordo  com a superintendente da Receita Estadual, Adaida Barros, a Secretaria da  Fazenda deverá avaliar internamente o pedido e possivelmente já amanhã (19)  poderá ter uma resposta. Ela ainda adiantou que a avaliação do pleito será feita  com base no planejamento das ações da Superintendência da Receita Estadual  (SRE), a exemplo da previsão de iniciar em 02 de março as auditórias fiscais  naquelas empresas que não esclareceram as divergências, já que o trabalho estava  planejado desde dezembro de 2008.
       A superintendente explicou também  que essa metodologia de primeiramente informar aos contribuintes as divergências  encontradas pela Receita Estadual, dando prazo para dirimir dúvidas, para logo  em seguida, se necessário, iniciar as ações fiscais, continuará a ser aplicada  na relação entre Fazenda Estadual e as empresas. “Informar primeiro ao  contribuinte que identificamos alguma inconsistência será uma atividade de  rotina para dá-lhes a possibilidade de denúncia espontânea. Assim, caso ele  utilize deste beneficio da espontaneidade, estará livre das multas punitivas e  evitará uma ação de auditória fiscal”, esclareceu. Ela ainda alertou que de  acordo com a legislação tributária, se iniciada a ação fiscal, ele perde o  beneficio da denúncia espontânea. 
       Participaram da reunião, além do  secretário de Estado Adjunto da Fazenda e da superintendente da Receita  Estadual, o presidente da Federação do Comércio do Estado de Alagoas  (FECOMÉRCIO/AL), Wilton Malta, o presidente da Federação das Associações das  Micro e Pequenas Empresas de Alagoas (FAMPEC), Cícero Berto, o presidente da  Associação Comercial de Maceió (ACM), Geminiano Jurema, o presidente da  Associação Aliança Comercial dos Retalhistas de Maceió, João Correia Barros,  representantes do Fórum Permanente do Comércio de Alagoas (FOCO/AL) e  comerciantes.
DIVERGÊNCIAS NAS INFORMAÇÕES
       No último dia 06 de fevereiro, exatamente 3.618  contribuintes estaduais em diversos municípios alagoanos foram informados pela  Sefaz por meio de correspondência sobre a existência de divergência entre os  valores de suas operações relativas aos anos de 2007 e 2008 apresentadas na  Declaração de Atividades do Contribuinte (DAC) e as informações enviadas à  Fazenda Estadual pelas empresas administradoras de cartão de crédito e débito.  Somente em Maceió foram encaminhadas 2.507 correspondências para contribuintes  com domicílio fiscal na capital alagoana. Em Arapiraca, o número de  contribuintes com divergências chega a 323. O terceiro município com maior  número de correspondências envidas é Marechal Deodoro, com cerca de  80.
       De acordo com a Lei Estadual 5.900/1996, as administradoras de  cartão de crédito e/ou débito e as administradoras de "shopping center", de  condomínios comerciais e de empreendimentos semelhantes deverão, nos termos da  legislação, informar ao fisco estadual o valor referente a cada operação ou  prestação efetuada por contribuintes do imposto através de seus sistemas de  crédito, débito ou similares. Eles também estão obrigados a informar os dados  relativos a bens, negócios, atividades ou outras informações que disponham a  respeito dos contribuintes localizados no seu empreendimento, inclusive sobre  valor locatício.
       Caso o contribuinte deseje esclarecer sua situação,  ele deve se dirigir a um dos postos de atendimento da Sefaz nas Gerências  Regionais de Administração Fazendária (GRAF) situadas nas cidades de Porto  Calvo, União dos Palmares, Viçosa, São Miguel dos Campos, Penedo, Arapiraca,  Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema e Delmiro Gouveia. Na capital, o  atendimento será realizado na Diretoria de Fiscalização de Estabelecimentos  (Difis), localizada no antigo prédio do Produban no Centro de  Maceió.
